Violência contra a mulher: entender para enfrentar
Edson Joaquim de Almeida Filho
5/9/20252 min read


Você já parou para pensar em quantas mulheres ao seu redor podem estar sofrendo algum tipo de violência — muitas vezes silenciosa, disfarçada ou ignorada? A violência contra a mulher é um problema grave, persistente e, infelizmente, muito comum em nossa sociedade. Mas entender o que ela realmente significa e como combatê-la é o primeiro passo para proteger vidas e fazer justiça.
O que é violência contra a mulher?
Mais do que agressões físicas, a violência contra a mulher se manifesta de diversas formas:
Violência psicológica: humilhações, ameaças, manipulação emocional, isolamento social.
Violência física: empurrões, tapas, socos, estrangulamentos ou qualquer forma de agressão corporal.
Violência sexual: qualquer ato sexual forçado, inclusive dentro do casamento ou de relações afetivas.
Violência patrimonial: destruição de bens, retenção de documentos, controle financeiro.
Violência moral: calúnias, difamações ou falsas acusações.
Essas formas estão todas previstas na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), uma das legislações mais avançadas do mundo no combate à violência de gênero. Ela não apenas reconhece a complexidade do problema, como também oferece mecanismos legais para proteger a vítima e punir o agressor.
Por que tantas mulheres não denunciam?
Apesar da existência da lei e dos canais de denúncia, muitas mulheres não se sentem seguras para procurar ajuda. O medo da retaliação, a dependência emocional ou financeira, e a vergonha são alguns dos fatores que dificultam o rompimento com o ciclo da violência.
É aí que entra o papel essencial da informação e do apoio jurídico especializado. Saber que existe amparo legal e que há profissionais preparados para acolher e defender a vítima pode ser decisivo para que ela dê o primeiro passo.
Como o Direito Penal atua nesses casos?
O Direito Penal é um instrumento de proteção. Quando bem utilizado, ele garante medidas urgentes de afastamento do agressor, aplicação de penas e até prisão preventiva, quando necessário. Além disso, o acompanhamento jurídico é fundamental para que a vítima tenha seus direitos assegurados — inclusive em ações cíveis, como guarda dos filhos, pensão e partilha de bens.
Está passando por isso? Conhece alguém nessa situação?
A violência contra a mulher não é problema só da vítima — é um problema social. Se você está passando por isso ou conhece alguém que esteja, saiba: você não está sozinha. Há caminhos legais, seguros e eficazes para interromper esse ciclo.